Entrevista do Diego Moraes na JB FM

Confiram:

Ele é cantor, tem 24 anos, nasceu no interior de São Paulo. Foi o finalista, e para muita gente, o grande favorito da edição de 2009 do Ídolos, programa de TVv criado para revelar novos talentos da nossa música. Com a sua cabeleira black e um sorriso cativante, Diego Moraes fez a diferença e se destacou no meio de mais de 37 mil candidatos. Em um bate papo descontraído, a revelação musical falou sobre sua infância, projetos paralelos, influências e muito mais. Confira abaixo.

JB FM - Como foi a sua infância? Como foi pra você, demonstrar interesse e desenvolvimento artístico aos 6 anos de idade?

Diego Moraes - Eu comecei cedo a desenvolver interesse pela músicas e meus pais logo perceberam. Quando eu era neném, minha mãe tentava me ninar e eu não dormia pois ficava prestando atenção nas canções, (risos). Depois de um tempo, eu participei de um projeto social chamado Pastoral da Criança, em Piracicaba. O projeto pertencia a um ser humano incrível chamado Fátima, que saía do outro lado da cidade para ensaiar um coral de crianças na garagem da minha vizinha. Aprendi a tocar violão nessa época, junto ao pessoal da igreja, eu tinha uns 6/7 anos. Na escola, eu fiz aulas de piano e teclado, porém foi apenas uma iniciação. Aprendi a tocar de verdade mesmo, sozinho.

JB FM - Cantar na noite, gera reconhecimento? Aproveitando, gostaria que você fizesse uma ponte falando também sobre as bandas Vibe Jam e Soul na Goela.

DM - Quando você trabalha na noite acaba obrigado a tocar o que a galera quer ouvir, até mesmo pra ter seu espaço e sobreviver da música. A Vibe Jam era um projeto absolutamente pop. Nós tocávamos no repertório desde Ivete Sangalo a Amy Winehouse. Soul na Guela era mais um hobby nosso. Era formada por nove negros, músicos da Unicamp, cada um ganhava R$45 por noite tocada. A Soul tem um repertório muito ligado às bandas de groove da década de 70 dos Estados Unidos. Hoje, o Diego é uma mistureba de tudo isso, a respeito dessa miscelânea musical que eu sempre vivi e gostei.

JB FM - Você foi finalista na terceira temporada de um reality show que teve mais de 37 mil candidatos inscritos. O que o Diego pôde tirar dessa experiência? Você recebeu apoio da família?

DM - Em 2008, uma amiga me inscreveu, porque viu que o programa poderia me dar uma visibilidade maior a respeito do meu trabalho. Fiquei doente, não passei. No ano seguinte, eu voltei por birra. Fui sozinho. Na época eu trabalhava em uma ótica, em Campinas, e fui fazer um curso em uma outra cidade. Fiquei sabendo por uma pessoa que haveria audição do Ídolos em São Paulo. Eu fui principalmente porque gostei muito do que aconteceu em 2008. A maneira super profissional que eles trataram a todos me agradou bastante. Então em 2009 me preparei melhor, cancelei alguns bares e fui basicamente direcionado a esse foco. Meus pais sempre me apoiaram, na verdade eles foram os grandes pioneiros para que eu me despontasse na música.

JB FM - Fale um pouco sobre o 1º CD/DVD “Meus Ídolos”, e sobre as participações especiais da cantora Paula Lima, uma das juradas do programa Ídolos e de Taís Reganelli.

DM - A “divuda” Paula lima, assim costumo chamá-la, se tornou uma grande amiga minha. Assim que o programa acabou, ela pegou o telefone por conta própria, me ligou e meu deu vários conselhos. Me sinto muito privilegiado, pois com o encerramendo da edição, algumas propostas surgiram, e como era um campo desconhecido pra mim, ela foi a melhor conselheira que eu pude ter. Através da Paula Lima surgiu a ponte entre meu empresário atual empresário Afonso Carvalho e a EMI, consequentemente. A Taís Reganelli é a minha flauta humana preferida, desde que a conheci foi amor à primeira vista. A música Uma Canção Só (pra Você) que está no meu DVD, eu já tinha gravado no disco da Taís, em seu primeiro disco. A canção é belíssima. Eu sugeri ela e a galera gostou bastante. Eu tenho honra de trazer um pouco da minha “casa” de Campinas para esse trabalho.

JB FM - O single “Talismã sem par”, composição de Jorge Vercillo e interpretado por você revela um estilo “balada romântica”. Em seus próximos trabalhos, você possui um estilo que você gostaria de manter, ou que no caso você considera a receita para o sucesso?

DM - Acredito que a sonoridade é muito do que está acontecendo na vida da pessoa. Eu tinha certeza que esse primeiro trabalho seria MPB (Música Popular Brasileira), porém viria com uma sonoridade meio voltada pro jazz. Para o próximo disco, tenho em mente que não serão mais tantas regravações. O Diego vai mostrar mais a cara, “tirar a roupa” e de repente até escrever algumas músicas. “Talismã Sem Par” é uma composição que eu recebi do Jorge Vercillo, foi surreal. Ele todo mundo está acostumado a ouvir nas rádios. Pra mim foi uma honra gravar, jamais negaria. E “Talismã Sem Par” acabou virando single do disco e estou muito feliz com o resultado.

JB FM - A canção de sua autoria, “Muderno”, surgiu como? Você costuma compor sobre suas próprias experiências?

DM - É até meio irônico, mas eu costumo dizer que não consigo compor sem viver. Sou um “gorfador”, ao invés de compositor. Não consigo compor algo que eu não sinta, no mínimo. As minhas músicas autorais são autobiográficas.

JB FM - Quais são as suas influências? O que o Diego anda ouvindo e lendo ultimamente?

DM - Tenho ouvido Céu – Vagarosa, Mariana Aydar, Norah Jones, Jane Cullen, Amy Winehouse, Taís Reganelli, Lu Garcia, Henrique Torres, as Marias (Rita e Gadú), Rita Ribeiro. Comecei a ler os livros da Clarice Lispector e quero retomá-los quando eu tiver um pouquinho mais de tempo e com a cabeça mais vazia.

JB FM - O que você espera sobre seu futuro profissional? E o que não admite?

DM  - Não admito faltar com verdade com o meu público. Espero cantar e mostrar o som que ficou entalado esse tempo todo, e agora estou tendo essa oportunidade. Como todo artista, desejo muito sair por aí cantando e poder viver da música.

Camila Silva Jun/2010

Fonte: JB FM